O Rio antes do Rio

30 de Janeiro
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imagem de divulgação

Diálogo – O Rio antes do Rio, Lucas Albuquerque convida Denilson Baniwa e Rafael Freitas 

A conversa levou a um mergulho nas camadas de história, memória e resistência que antecederam a fundação do Rio de Janeiro. Tomando como ponto de partida o livro O Rio antes do Rio, de Rafael Freitas (com contribuições de Luiz Antônio Simas e Glicéria Tupinambá), e das práticas artísticas que se delineiam na exposição Guanabara, o abraço do mar, a discussão ilumina a complexidade da região. O autor participou por vídeo conferência. 

Para ampliar essa perspectiva, contamos com Denilson Baniwa, artista presente na exposição, para falar sobre sua prática como um gesto de ocupação simbólica e reconfiguração das narrativas coloniais. Entrelaçando história, arte e memória, a conversa buscou pensar a Guanabara como uma força latente, onde significados ancestrais e questões contemporâneas apagados retornam em processos artísticos e políticos. 

 

Lucas Albuquerque é um curador e pesquisador nascido em São João de Meriti, Rio de Janeiro. É bacharel em História da Arte e mestre em Processos Artísticos pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente, Albuquerque é curador da Casa Museu Eva Klabin, no Rio de Janeiro, onde promove diálogos entre o acervo histórico do museu e a arte contemporânea. Anteriormente, atuou como curador-organizador da Galeria Aymoré, também no Rio de Janeiro. Além disso, coordenou o programa de residências artísticas do Instituto Inclusartiz, estabelecendo conexões com artistas, curadores e pesquisadores em países como Reino Unido, França, Espanha e Holanda. Organizou em 2023 a exposição O Sagrado na Amazônia, com Paulo Herkenhoff, no Instituto Inclusartiz. 

Denilson Baniwa, nascido na aldeia Darí, localizada no Rio Negro, Amazonas, é um artista visual indígena do povo Baniwa. Atualmente, reside e trabalha em Niterói, Rio de Janeiro. Sua obra é reconhecida por abordar criticamente as "ficções coloniais", utilizando elementos da cultura pop ocidental e arquivos coloniais para reorientar significados e promover a decolonização das imagens. Recentemente, sua obra A revolta das jubartes, de 2023, integra a exposição Guanabara, o abraço do mar, que explora a diversidade natural e cultural da Baía de Guanabara.  

Rafael Freitas da Silva é jornalista, mestre em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ, e produtor de reportagens no programa Esporte Espetacular, da TV Globo, desde 2004. Autor de O Rio antes do Rio (2015), sua obra explora a história pré-colonial da região do Rio de Janeiro e destacou-se como referência nacional, inspirando o enredo da Portela no Carnaval de 2020. Além disso, a obra foi selecionada pela Folha de S. Paulo e pelo Projeto República/UFMG como um dos 200 livros mais importantes para se entender o Brasil. 

 

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