Arte e acervo: Burle Marx e a Baía da Guanabara
 
Promovido pela FGV Arte em parceria com o Instituto Burle Marx, este minicurso teve como objetivo pensar a importância dos projetos do paisagista Roberto Burle Marx para a cidade do Rio de Janeiro. Preservar e democratizar sua obra são as principais missões da equipe do Instituto Burle Marx, que apresentou no primeiro dia o seu recente projeto de digitalização. Os desafios da gestão de acervos foram tema de um painel composto por profissionais do arquivo. O segundo dia foi dedicado à dimensão artística da obra de Burle Marx, com destaque para o lugar do Rio de Janeiro em seus trabalhos mais célebres. O minicurso se encerrou com um diálogo sobre a atualidade das proposições estéticas do paisagista.
CONVIDADOS: Cecília Ewbank, Lia Peixinho, Caterina Salvi, Jaime Acioly, Christina Penna, Carolina Gonçalves Alves, Maria Cristina Nascentes Cabral, Vera Beatriz Siqueira, Luiz Zerbini, Isabela Ono, Gustavo Leivas e Lúcia Costa
Isabela Ono é arquiteta e diretora do Instituto Burle Marx, onde trabalha para preservar o legado do renomado paisagista. Seu trabalho se concentra na valorização da paisagem e na sustentabilidade, buscando integrar projetos urbanos com a natureza. Ono também é reconhecida por sua atuação em projetos culturais e educacionais relacionados ao patrimônio de Burle Marx.
Christina Penna é historiadora da arte, formada pela UERJ e especializada na catalogação de obras de importantes artistas brasileiros. Participou do levantamento e organização das obras de Oswaldo Goeldi e Belmiro de Almeida. Em 1979, integrou o Projeto Portinari, liderando a equipe responsável por catalogar mais de 5.000 obras e 30.000 documentos sobre Candido Portinari. Desenvolveu a metodologia do projeto e coorganizou o Catálogo Raisonné do artista. Como curadora do Projeto, produziu exposições e publicações sobre Portinari no Brasil e no exterior.
Carolina Alves é Analista de Documentação e Informação da FGV CPDOC e atualmente coordena a Documentação (2023). É integrante do Comitê Executivo da Rede Arquivos de Mulheres (RAM), fruto de uma parceria entre o CPDOC e o IEB da USP. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Cultura, atuando principalmente com os temas: raça, gênero, poder e representação. Trabalha na organização e gestão de documentos históricos e reflete sobre a sub-representação de mulheres nas instituições arquivísticas.
Maria Cristina Nascentes Cabral tem graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ, mestrado e doutorado em História Social da Cultura pela PUC-Rio, com estágio de Pesquisa na École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris, na França. Professora associada no Departamento de História e Teoria da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ e docente permanente do Programa de Pós-graduação em Urbanismo (PROUrb) da mesma instituição.
Lúcia Maria Sá Antunes Costa possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula (1980) e doutorado em Paisagismo – University College London (1992). Professora Titular da UFRJ. Coordenadora do Mestrado Profissional em Arquitetura Paisagística do PROURB-FAU/UFRJ (2010-2014). Cientista do Nosso Estado (FAPERJ) em diversos períodos desde 2000. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Paisagismo – Projetos de Espaços Livres Urbanos, atuando em pesquisa principalmente nos seguintes temas: águas urbanas, paisagem urbana, áreas abertas, parques públicos, agricultura urbana, rios urbanos e dinâmica cultural e ambiental da paisagem.
Pablo Lafuente é diretor artístico do MAM-Rio, com experiência internacional em curadoria e crítica de arte. Anteriormente, atuou em instituições como a Bienal de São Paulo e a Office for Contemporary Art Norway. Lafuente é reconhecido por seu trabalho em promover diálogos entre arte contemporânea, instituições culturais e questões sociais. Foi curador associado da exposição Lugar de estar. O legado de Burle Marx (2024).
Vera Beatriz Siqueira é doutora em História Social pela UFRJ e professora associada na UERJ. Suas pesquisas em História da Arte focam na institucionalização da arte moderna e contemporânea no Brasil. É autora de diversos livros e curadora de exposições em importantes museus do país. Desde 2018, coordena a área de Artes na Capes e é membro do Conselho Técnico Científico do Ensino Superior. É autora do livro Burle Marx, publicado pela Cosac Naify.
Gustavo Leivas é arquiteto do escritório Burle Marx & Cia Ltda, especializado em paisagismo e projetos que valorizam a integração entre natureza e espaço urbano. No Rio de Janeiro, ele tem contribuído para preservar o legado de Burle Marx, participando de importantes intervenções paisagísticas na cidade. Seu trabalho foca na revitalização de áreas públicas e na sustentabilidade dos espaços naturais urbanos.
Programa
Dia 1, 4 de dezembro: Paisagismo e acervo
14h-15h30, Mesa de abertura - Apresentação do projeto de digitalização do Instituto Burle Marx, com a equipe: Cecilia Ewbank (coordenação técnica), Lia Peixinho (museologia), Caterina Salvi (consultoria digitalização) e Jaime Acioli (digitalização de grandes formatos)
15h30-17h, Painel - Arquivar hoje: aspectos e desafios da gestão e consulta de acervos na contemporaneidade, com Christina Penna (Hólos Consultoria), Carolina Gonçalves Alves (CPDOC/FGV), Maria Cristina Nascentes Cabral (Núcleo de Pesquisa e Documentação, NPD/UFRJ)
Dia 2, 5 de dezembro: Burle Marx contemporâneo
14h-15h30, Mesa-redonda - O lugar do Rio de Janeiro na obra de Burle Marx, com Isabela Ono (Instituto Burle Marx), Gustavo Leivas (Escritório Burle Marx) e Lúcia Costa (PROUrb/UFRJ)
15h30-17h, Diálogo de encerramento - A atualidade da expressão artística de Burle Marx, com Vera Beatriz Siqueira (Instituto de Artes/UERJ) e Rosana Palazyan (artista plástica)