Seminário

1° Seminário de curadoria de arte afro-brasiliera

13 a 15 de Maio
-
Imagem de divulgação

Com o intuito de fomentar o debate e aprofundar as reflexões sobre a curadoria de arte afro-brasileira, a FGV Arte, com o apoio da Cátedra FGV Pequena África, promoveu o I Seminário de Curadoria de Arte Afro-brasileira, um evento que buscou discutir as principais linhas teóricas, desafios e soluções enfrentadas por curadores negros(as) no atual cenário artístico e cultural do país. O seminário ocorreu entre os dias 13 e 15 de maio de 2025, na sede da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. 

O evento se insere no contexto da exposição Afro-brasilidadeu com curadoria de Paulo Herkenhoff e João Victor Guimarães. Em um período marcado pelo crescimento expressivo de exposições dedicadas a reescrever a história da arte brasileira a partir da contribuição de artistas negros, além da crescente presença de curadores e gestores negros em instituições culturais, este seminário visa ampliar a discussão sobre os rumos da curadoria de arte afro-brasileira no século XXI. 

Foram abordadas questões cruciais para a prática curatorial contemporânea, incluindo a concepção e a viabilização de exposições, os desafios enfrentados na montagem e na comunicação de projetos curatoriais, bem como a inserção de agentes negros em posições de liderança em museus e centros culturais.  

A programação incluiu uma série de três diálogos mediados por João Victor Guimarães e com pesquisadores e curadores negros(as), envolvidos(as) diretamente com a pesquisa e a realização de cursos e exposições. O evento se encerrou com uma palestra sobre temas como a inserção da arte afro-brasileira no circuito institucional e os desafios da curadoria antirracista. 

 

Programa 

Dia 13: 15h - Diálogo com Deri Andrade e André Pitol 

Dia 14: 15h - Diálogo com Cláudia Rocha e Claudinei Roberto 

Dia 15: 14h - Diálogo com Ynaê Lopes e Amanda Carneiro | 16h - Palestra de encerramento com Ayrson Heráclito 

 

Convidados(as): 

Mediação | João Victor Guimarães 

Amanda Carneiro: Curadora no MASP desde 2018, coorganizou exposições e catálogos de artistas como Abdias Nascimento, Leonor Antunes e Sonia Gomes. Bacharel e mestre em História Social pela USP, atualmente cursa doutorado investigando o Festac '77.  

André Pitol: Pesquisador de arte, curador e professor, com doutorado pela Universidade de São Paulo (USP). É docente da École Intuit Lab São Paulo. Foi curador adjunto de A parábola do progresso (2022) e curador de Edival Ramosa - nova construção totêmica (2024). Trabalha como assistente de curadoria da 36ª Bienal de São Paulo. 

Ayrson Heráclito: Curador, artista visual, pesquisador e professor da UFRB. Sua obra transita entre a performance, a instalação e o audiovisual, abordando memórias afro-atlânticas, rituais e narrativas decoloniais. Integra o conselho consultivo da Cátedra FGV Pequena África. 

Cláudia Rocha: Museóloga do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) no Rio de Janeiro. Curadora da exposição Pretagonismos no acervo do Museu Nacional de Belas Artes, que destacou o protagonismo de artistas negros nas artes visuais.  

Claudinei Roberto da Silva: Professor, curador e artista visual. Licenciado pela USP, coordenou o Núcleo Educativo do Museu Afro Brasil e integrou o conselho curatorial do MAM-SP. Curador da exposição Pretatitude: insurgência, emergência e afirmação na arte afro-brasileira contemporânea no Sesc São Paulo.  

Deri Andrade: Pesquisador, curador e jornalista alagoano. Fundador do Projeto Afro, plataforma que mapeia e difunde a produção de artistas negros no Brasil. Curador assistente no Instituto Inhotim e curador da exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira no CCBB. 

Ynaê Lopes dos Santos: Historiadora, professora de História da América na UFF e especialista em História da escravidão nas Américas e relações étnico-raciais. Curadora do Centro Cultural Rio Áfricas e cocuradora da exposição Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou no IMS Paulista. 

Compartilhe: